Encontro de ex-alunos da Escola Catavento revela laços que resistem ao tempo.
“O maior ensinamento que a Catavento me trouxe foi sobre a relação com as pessoas”. Laura Maranho tem 18 anos. E frequentou a escola dos 6 meses aos 7 anos de idade. No último sábado, ela voltou ao espaço junto com outros dez ex-alunos para um reencontro de resgate dos momentos da infância que vivenciaram ali. Ela conta que não conhece ninguém que tenha amigos há tanto tempo e que a escola foi o lugar que proporcionou este vínculo. “Não nos desgrudamos até hoje e isso é muito valioso. A Catavento nos ensinou a manter as amizades”, diz.
A escola foi preparada para receber os jovens. “Servimos um lanche e fizemos uma exposição de fotos para que eles pudessem se reconhecer e se divertir”, conta a diretora Adelia Morelli. Eles também trouxeram registros antigos para compor o painel.
Adelia conta que um dos momento mais divertidos do encontro foi quando cinco dos jovens encontraram uma foto juntos quando bebês e um deles estava na foto na barriga da mãe. “Ficamos lembrando das coisas antigas e do que vivemos aqui e foi muito divertido. Demos muitas risadas juntos”, conta Laura.
Conexões e laços
A ideia do encontro surgiu dos jovens, que consultaram a escola, que prontamente atendeu à solicitação de recebê-los. “Alguns de nós seguem muito próximos até hoje. Nos juntamos e começamos a buscar as outras pessoas pela rede social e marcamos o evento. Pena que nem todos puderam vir. Mas vamos fazer outros, para que consigamos reunir todo mundo”, conta Laura.
A diretora Myrian Bayeux explica que o próximo será um encontro da comunidade. “Alguns pais e mães vieram buscá-los no sábado e já marcaram que vir no próximo para matarem as saudades e conversarem também”, conta.
Para Myrian, os laços construídos pela escola não estão apenas nos jovens, mas nas famílias. “Somos uma comunidade. Sempre mantivemos uma relação de amizade com os pais e a escola aberta para quem já esteve um dia aqui. Esta comunidade permanece viva ao longo do tempo”.
Hoje, Laura está no cursinho, estudando para prestar vestibular para Arquitetura. Alguns colegas estão no colegial. E outros já estão no segundo ou terceiro anos da faculdade. “Foi interessante perceber que mudamos muito a aparência, que escolhemos caminhos diferentes na vida, mas não mudamos nossa essência”, conta Laura. “Tenho lembrança de um dos nossos amigos ser brincalhão e ele continua o mesmo!”, exemplifica.
Foi um encontro de muito carinho, afeto, troca e sensibilidade. Coisas que estão presentes no dia-a-dia da Catavento, mas que no sábado ganharam um sentido muito especial. “Nos dá uma sensação de dever cumprido”, explica Myrian. “Se esta turma com 19, 20 anos volta para a escola de educação infantil e tem este carinho todo por nós, é porque foram felizes, acolhidos, acarinhados e não nos tiraram do coração”, conclui.
Confira a galeria de imagens do encontro: