Para Aline Rodrigues de Freitas, a Catavento é encontro. A professora do GIII conta que foi na Escola que ela “se encontrou” e onde promoveu outros encontros significativos da sua vida.
Ela cursou Psicologia (FMU) antes de fazer a faculdade de Pedagogia (Estácio de Sá) e conta que, ao chegar aqui, confirmou o que suspeitava “eu queria trabalhar com crianças. Os ensinamentos da Psicologia estão comigo até hoje, mas foi aqui que me achei e percebi que levava jeito para trabalhar em sala de aula”, diz.
Na Catavento, ela também encontrou amigas. “O ambiente aqui é muito leve e aberto. O clima é muito humano. Eu e as outras professoras somos amigas. Além das trocas de trabalho, conversamos o tempo todo fora daqui”, explica.
Aline chegou na Catavento como estagiária em 2018. Trabalhou dois anos como auxiliar e hoje é professora do Grupo III. “Eu queria trabalhar em um lugar onde eu pudesse crescer. Mesmo achando que não seria tão rápido, persisti aqui, porque gostei muito da escola, das pessoas, da proposta. Quando fui convidada para assumir uma turma como professora, foi um momento muito bom! Ainda mais, no meio de uma pandemia”, lembra.
Ela atribui o reconhecimento a outros encontros: com as crianças e com uma proposta educacional com a qual ela se identifica. “Educação é conhecimento. E aqui, a gente aprende e ensina de forma aberta. Nem parece que é um trabalho. É muito prazeroso e divertido”, afirma.
Mas tem um encontro – entre todos estes – que foi especial. Durante um período, Aline era uma das educadoras da escola que gerava identificação com um aluno de espectro autista. “Isso é muito gratificante para mim. Tenho certeza de que o que realizei com ele deu notoriedade para meu trabalho”, explica. Mesmo tendo completado o ciclo da Educação Infantil e deixado a Catavento, este aluno conta com os cuidados de Aline até hoje. São muitos os encontros afetivos e ela lembra de cada um. “Eu crio um vínculo com cada criança. Lembro de todos com muito carinho”, diz.
Hoje, Aline está desenvolvendo com as crianças do GIII um projeto relacionado à educação ambiental e outro que trabalha as questões socioemocionais. “Sinto que é um esforço necessário neste momento em que estamos todos com os sentimentos aflorados. Isso já está ajudando eles a se expressarem e a ficarem mais dispostos a conversar sobre como estão se sentindo”, diz.
É destas conversas e encontros que Aline mais sentiu falta durante o período de afastamento da escola, necessário por conta das medidas de isolamento social em função da pandemia. “Eu sentia falta do contato físico, de estar com eles. Quando nos encontrávamos pela tela, era um tempo mais reduzido. Quando as atividades presenciais foram voltando, fui ficando mais feliz. Ainda temos limitações, gostaríamos de estar mais perto e abraçar, mas aos poucos estamos voltando”, diz Aline, na expectativa de um segundo semestre de ainda mais encontros.