As crianças nunca param de brincar. Em meio a um cenário global que impõe novas reflexões e novas formas de ver e viver o mundo, elas continuam brincando. É preciso prestar atenção nisso. Seu universo encantado há que ser protegido e alimentado. Com esse chamado, a Aliança pela Infância convida para mais uma edição da Semana Mundial do Brincar.
Todos os anos, a Escola Catavento desenvolve uma programação especial para a Semana Mundial do Brincar. A iniciativa – criada para celebrar o brincar livre como um meio que incentiva o desenvolvimento das crianças e as permite vivenciar sua criatividade e imaginação – está conectada com a pedra fundamental da Escola: o brincar como forma de aprender e se desenvolver.
Em 2020, mesmo em uma situação tão adversa, teremos atividades para marcar esta semana tão especial.
“Esta SMB não convoca grandes ou pequenos eventos coletivos, apenas o cuidado dos adultos para que elas brinquem nos espaços domésticos com segurança e afeto”, informa o site da mobilização.
Considerando esse momento de isolamento social, a Aliança traz muitas propostas para exercitar o brincar dentro de casa, mesmo em pequenos espaços. Pelo menos, enquanto não for totalmente segura a ocupação dos espaços tradicionais, como escolas, ruas, praças, parques, clubes e universidades. Face às previsões de que a pandemia deve se estender meses, a orientação é estimular que as crianças tenham condições de brincar durante o período de reclusão, até que surjam novas recomendações vindas das instâncias responsáveis em nível nacional, estadual e municipal.
O tema de 2020
Nesta edição, a Aliança pela Infância propõe como tema da mobilização o “Brincar entre o Céu e a Terra“. A ideia chama atenção para a importância de cultivar a imaginação e o devaneio da criança, para que ela possa ser e estar no mundo com criatividade e singularidade.
O manifesto do sensível – que em breve estará em todos os canais – lembra do quanto é rico o universo imaginário das crianças:
No território da imaginação há lugar para elefantes cor de rosa e oceanos no quintal de casa em que navegam aventureiros sem pé nem cabeça. Lá estão também os bailes com dinossauros e guerreiras no tanque de areia, e os banquetes de sementes e folhas do jardim. As casas com portas no teto e janelas no chão podem existir apenas com papel e lápis, ou giz e chão, ou de tantos outros jeitos. Existem principalmente porque houve espaço e tempo para que fossem imaginadas. Nesse território constroem-se aventuras e narrativas com caixas de papelão, pedaços de pano, tampas de garrafa, blocos de madeira… e assim vão tomando forma repertórios de possibilidades, impossibilidades e de vida.
A Escola Catavento aproveita para lembrar tantos momentos brincantes da nossa Comunidade na galeria de imagens: